Viver sem fronteiras

 

A ideia de que a vida é um constante romper fronteiras nos é dada. Aceitamo-la e ela se naturalizou. Na verdade, tal ideia parece constituir o conceito de crescer. Para crescer, precisamos romper fronteiras, as nossas sobretudo, mas as dos outros também, já que crescer não se trata de um processo egoísta.

No entanto, os conceitos vivem a metamorfosearem-se, às vezes como processo natural, de dentro para fora; outras, artificialmente, de fora para dentro. Tudo, então, passa a ter a ver com intenções. É por isso que, se não as tivermos, somos engolidos pelas de outrem. Assim, metamorfoseadas, as fronteiras constituem-se na necessidade de ausência delas. Entretanto, ao contrário do que parece, a fronteira da necessidade de ausência de fronteiras não nos prende nem nos perde. Dá-se-lhe um jeito! Um jeito que não poderia ser de outro jeito. Reificamo-la para que a possamos adquirir e, assim, a busca pela tal liberdade avança, nutre-se, ainda que o “mundo inteiro permaneça uma ilha a milhas e milhas e milhas de qualquer lugar.”

Tudo são intenções, mas é símbolo também: Como as fronteiras, metamorfoseamo-nos de fora para dentro, o que faz com que as fronteiras de nossas idéias não permaneçam, tornem-se contínuas, como são contínuas as verdades fincadas em nós.

Não há fronteiras, há a multidão contínua e, como tal, capaz de ser rastreada sem fronteiras.

 

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